The Most Depression Song
Depressão (do latim depressione) é uma palavra freqüen- temente usada para descrever nossos sentimentos. Em primeiro lugar, depressão não é um estado de tristeza profunda nem desânimo, preguiça, estresse ou mau humor. A depressão, enquanto evento psiquiátrico, é algo bastante diferente: é uma doença como outra qualquer que exige tratamento. Mesmo assim, podemos considerar a depressão como natural período de transição. São tempos de mudanças e crescimento, épocas que antecedem novos horizontes de amadurecimento do ser em constante processo de evolução.
Para entendermos melhor essa diversidade de sintomas de- pressivos, vamos considerar que, entre as pessoas, a depressão seria como uma bebedeira geral, onde cada pessoa alcoolizada ficasse de um jeito: uns alegres, outros tristes, irritados, engraçados, dorminhocos, libertinos... A única coisa que todos teriam em comum é o fato de estarem sob efeito do álcool, todos estariam tontos, com os reflexos diminuídos, etc. Na depressão também. Cada personalidade se manifestará de uma maneira.
Na verdade, ninguém sabe o que um deprimido sente, só ele mesmo e talvez quem tenha passado por isso. Nem o psiquiatra sabe: ele reconhece os sintomas e sabe tratar, mas isso não faz com que ele conheça os sentimentos e o sofrimento do seu paciente.
Tipos de Depressão
Há dois tipos de depressão: monopolar (não é um termo usado oficialmente) e a depressão bipolar (este termo é oficial). A depressão bipolar se caracteriza pelo transtorno afetivo, ou seja, a alternância de fases deprimidas com maníacas, de exaltação, alegria ou irritação do humor. A depressão monopolar só tem fases depressivas.
Causas
A causa exacta da depressão permanece desconhecida. A explicação mais correcta é o desequilíbrio bioquímico dos neurônios responsáveis pelo controle do estado de humor. No nosso cérebro existem mensageiros químicos chamados neuro-transmissores que ajudam a controlar as emoções. Os dois mensageiros principais são a serotonina e a norepinefrina. Os níveis aumentam ou diminuem, mudando nossas emoções. Quando os neuro-transmissores encontram-se em equilíbrio, sentimos a emoção certa para cada ocasião. Quando alguém está deprimido, os mensageiros químicos não estão em equilíbrio. Mas isso ocorre em algumas pessoas e não em outras. Sendo que em certas famílias é mais freqüente. Por isso, a tendência genética ainda é alvo de estudos para que se encontre a causa da depressão.
Eventos estressantes como perda de pessoa querida, perda de emprego, mudança de habitação contra vontade, doença grave e pequenas contrariedades, ainda não são considerados fortes suficientes para desencadear depressão. Porém, em pessoas que têm a tendência genética, esses fatores podem se transformar em depressão. Além disso, alguns medicamentos, como os remédios para pressão alta, podem causar depressão. O álcool e algumas drogas ilegais podem piorar a depressão.
Estatísticas
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Os períodos depressivos são mais comuns no sexo feminino. Sendo 3,2% no feminino e 1,9% no sexo masculino.
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Estima-se que 5,8% dos homens e 9,5% das mulheres passarão por períodos depressivos em 12 meses.
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A depressão contínua afeta de 15% a 20% das mulheres e de 5% a 10% dos homens.
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Em 20% dos casos, a depressão segue um curso contínuo, especialmente quando não há tratamento adequado.
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Embora a depressão possa manifestar-se em qualquer momento, a incidência mais alta é nas idades médias. Mas há um crescimento reconhecido durante a adolescência e início da vida adulta. Portanto, manifesta-se com maior freqüência entre os 20 e 50 anos.
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Aproximadamente 2/3 das pessoas com depressão não fazem tratamento. Entre os pacientes que procuram o clínico geral, apenas 50% são diagnosticados corretamente.
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A maioria dos pacientes não tratados irá tentar suicídio pelo menos uma vez. Sendo que 17% conseguem se matar.
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Com tratamento correto, 70% a 90% dos pacientes recuperam-se.
Fonte: Organização Mundial de Saúde (OMS)